quarta-feira, junho 10, 2020


O que queríamos que acontecesse (homenagem ao Miguel, filho da Mirtes, lá do Recife)


Mir precisou ir trabalhar. Era um tempo pandêmico e, por isso, não tinha com quem deixar seu filhinho. Conversou com a patroa e ela permitiu que o levasse ao trabalho. Cinco da tarde, tudo em ordem e dia de trabalho cumprido. Ia para casa, finalmente, com seu menino. A patroa pediu um último trabalho: levar o cachorro para fazer cocôs e xixis na rua. O menino estava dormindo na caminha que ficava no quarto de empregada. Como achou que ele nāo acordaria, avisou a patroa sobre isso e saiu com o cachorrinho. Quando voltou, não acreditou no que viu no jardim do prédio. A patroa ajoelhada e brincando com seu filhinho, ambos rindo até a barriga doer. Na certa ele acordou e, para distraí-lo do chororô querendo a mãe, a dona Sarita resolveu distraí-lo brincando com ele no jardim.

Descompasso  Os ponteiros do relógio não conseguem mais acompanhar a passagem das horas. Nanci Ricci